quinta-feira, junho 28, 2012

677 - Portugal / España


PACO: Saludos José, fue una pena no ha tenido éxito. Una vez mas " la suerte-maldita" en su contra, Deseo una vez mais defrontasses y vingasses Alemania e y todo lo que la señora Merkel le ha hecho.


ZÉ: Obrigado, Paco. Foi um feito excecpcional. Mais uma vitória moral no nosso historial.
Também tivemos dez milhões (menos alguns...) a correr pela Selecção. Selecção Nossa, Bendita Seja que quase conseguimos. Precisavamos mesmo da vitoria pois estamos numa situação muito critica. Muito contentes devem estar os Principes das
 Asturias e também  Dom Juan Carlos. Mas vosso Rei sempre se diverte com a caça. Aos elefantes e às "chicas-guapas"...

PACO: José, no tiene mucha autoridad para criticar al Rey ya su presidente en el Palacio de Belém tiene costos mucho más altos que en nuestro Palácio Real. Y aún ahora, en Europeu, es una selección de um país como Portugal, darse el lujo de instalar el hotel mais caro del Europeu, la grande distancia de los restantes. No es ejemplar?


ZÉ: Por aqui, necessitávamos muito disto, meu caro Paco. Queríamos esquecer as tropelias a que somos sujeitos diáriamente, colocamos bandeiras por tudo o que é sítio, cantamos o Fado (agora canção distinguida como património) e vamos a Fátima agradecer à Virgem estas vitórias (morais é certo) e também a derrota dos terríveis russos. Mas a vida continua, caro Paco e em Setembro lá voltamos à preparação para o Mundial. Alguma vez será, meu amigo. E só com esta Bendita Selecção (que a Virgem a proteja) conseguiremos ânimo para vencer a crise e ver a luz ao fundo do túnel.
Agora vou aproveitar o tempo quente, sigo para a praia e "trabalho para o bronze". Essa treta do cancro da pele, é só para tótós...
Até à vista, Paco. E se jogares com a Alemanha, faz o favor de dares uma banhada à dupla Merkehollande. Já ficava mais alegre.

Nota à margem: o meu catelhano não acompanha o do Paco. Por isso recorri um pouco ao Google Tradutor. Mas parece-me que essa ferramenta não é de fiar inteiramente. Mas acho que perceberam tudo.

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sexta-feira, junho 22, 2012

676 - Portugal a sorrir...


Cartoon de Henrique Monteiro

Finalmente rendo-me. Eu e mais dez milhões de portugueses (talvez, menos meia-dúzia) delirámos com a vitória da selecção (leia-se D. Ronaldo & Cª).
E antes de continuar devo confessar que tinha os checos atravessados na garganta desde o tempo em que tive um Skoda (made in checoslováquia) que só me deu arrelias e despesas sem fim. Até que me desfiz dele.

Mas agora, importante, muito importante, é que derrotámos (nós não, mas sim D. Ronaldo & Cª) a República Checa. E com esta vitória brilhante e absolutamente indispensável, dez milhões de portugueses (talvez, menos meia-dúzia) ficaram a ganhar. Para já, e pessoalmente, acredito que os Senhores Pedro e Vitor me vão pagar o subsídio de férias que tinham prometido retirar. E com um bocadinho de sorte e mais uma vitória de Portugal (leia-se D.Ronaldo & Cª) ainda me pagam o subsídio de Natal.
Foi para levantar o Moral da Nação que estes bravos seguiram para terras de leste.
Dez milhões (menos alguns) por UM, UM por dez milhões (menos alguns) a mostrar que não somos lorpas nem preguiçosos, como os outros povos...

Vamos regressar em força ao mar que nunca devíamos ter abandonado. As terras incultas voltarão a ser cultivadas. Importações a descer e as exportações a subir em flecha. Com a vitória de Portugal (leia-se D. Ronaldo & Cª) o SNS já não corre perigo e as taxas moderadoras baixarão para níveis nunca vistos. O desemprego, flagelo nacional, baixará para uns escassos 3% e apenas porque ainda há gente que não quer trabalhar. Na justiça veremos finalmente terminados os casos que se arrastam anos e anos até à prescrição final. Quem for culpado, pagará por isso. Oa injustamente acusados serão reabilitados. Portugal, no contexto das Nações e graças à nossa Selecção (leia-se, D. Ronaldo & Cª) será considerado um estado exemplar, trabalhador e honesto. Corrupção é coisa do passado. A Cultura, a Educação e a Ciência terão os maiores orçamentos de sempre e merecerão a atenção de todos os governantes (até é possivel que um senhor importante leia um bom romance e deixe de lado os livros chatos de economia...). O nível de analfabetismo será o mais baixo de sempre. Um ou outro ainda apreciará uma novela TVI, mas serão excepção.
Jovens licenciados encontrarão o emprego com que sonharam e para que se prepararam. Acaba a Geração à rasca.
Os antigos Mega estádios de província  - feitos para um futebol de outrora - vão encher-se de jovens que praticarão todas as modalidades desportivas. Todo um país se modificará, para melhor, graças ao pundonor de uma Selecção de Futebol (leia-se, D. Ronaldo & Cª) que trouxe ao de cima o melhor que este país tem.
(E talvez, voltando a haver SCUTS sem pagamento, todos passearemos, orgulhosos, de Audi A8, Porches, Mazerattis, Lamborgins, Jaguares e Ferraris...)
Vendo a luz ao fundo do túnel e o fim do pesadelo tão perto, o mais certo é a Querida Troika, em reconhecimento do feito de Portugal (leia-se D. Ronaldo & Cª) entregar o resto do empréstimo antes de tempo, perdoar os juros e, quem sabe, o total da dívida. Para isso é preciso um pequeno esforço da nossa parte: continuar a gritar Viva Portugal (ou D. Ronaldo & Cª) e vencer a final em 1 de Julho.
Das Tvs vamos ter uma ajuda: o filme Corre Portugal, passado três vezes em cada intervalo, vai passar a estar em permanência, ao canto do ecran.

Finalmente, Sexa, o Sr. Silva, até pode calmamente reformar-se (o que fez e o que deixou por fazer em Belém não contou para nada) Assim pode juntar mais uns trocas às várias reformas e já não se queixa de ganhar pouco. Sería a cereja em cima do bolo!

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quinta-feira, junho 14, 2012

675 - Portugal / Dinamarca ou o ópio do Zé (Povinho)



Dinamarca: Com 5,4 milhões de habitantes, é um dos países mais ricos do mundo.

Apenas alguns dados:
Saúde: Acesso universal, gratuito e equitativo.
Cultura: 5% do orçamento do estado.
Educação: Os recursos públicos e privados destinados à educação estão entre os mais elevados entre os países da OCDE. Práticamente não há analfabetismo.

Portugal: País com 10,5 milhões de habitantes está na cauda da Europa e no mundo ocupa um papel secundário.

Na saúde, na cultura, na educação, entre outros sectores, caminhamos a passos largos para o abismo. A justiça é de uma "flagrante injustiça" protegendo os mais ricos e poderosos.
E chega.
Porque, Graças a Santo António ou outro Santo qualquer, ontem dia 13,
VENCEMOS A DINAMARCA.
Em futebol, pois claro. Mas já é alguma coisa. Ou não ?

Dados recolhidos, ao acaso, na Internet

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quarta-feira, junho 06, 2012

674 - Memórias de uma cirurgia


Passados uns anos (dois, três?) mais uma queda, mais uma cirurgia. Desta vez ao ombro. Sem vaga no HFF (Amadora) fui recambiado com "vale de cirurgia" para outro hospital. Hospital da Venerável Ordem Terceira da Penitência de S. Francisco, a Jesus (abrev. Hospital de Jesus).
Contráriamente à anterior operação, não tive a companhia dos médicos do Seatle Grace Hospital nem da Meredith (Grey) que, com os colegas, estava nas exames finais de curso, noutra cidade.
(Curiosamente, passou ontem na RTP 2 o Anatomia de Grey. Não vi. A anastesia não deixou.)

E ontem, dia 5, só podia correr tudo bem. Cama 5 e já tenho quase o meu nº preferido - 955.
Abandonei o bloco às 12,25, adivinhei tudo o que o cirurgião fez (sempre acordado mas com um lençol a tapar...) e a tarde foi passada a dormir. Depois um jantar óptimo que consegui levar adiante só com a mão direita.
Logo a seguir foi a altura de recomeçar a ler Mountolive. Parado, há muito, na página 60 e tal, recuei algumas para me situar novamente na história. Que é interessante. Impressinou-me a descrição da morte dos camelos e quando Narouz "cortou literalmente em dois um infeliz cão selvagem, com um chicote de coiro de hipópotamo - o kurbash tradicional".
A dada altura, a faca que não servira ao jantar, teve que ser usada para abrir as páginas do livro. Edição muito antiga, ainda se usava o método dos livros assim. Mal sabia a faca que iría abrir os caminhos misteriosos de Alexandria.
Às 21h fiquei num quarto particular. Ou seja, o doente da frente teve alta e fiquei com a enfermaria de sete camas só para mim. Um luxo. Francamente eficaz e simpática a equipa de enfermagem e auxiliares, incluindo uma Irmã Enfermeira da qual, lamentávelmente, não sei o nome.
Hoje, manhã cedo as formalidades habituais da saída, e um almoço inesperado (a que não tinha direito) a convite da Irmã. Ainda houve oportunidade de preencher um pequeno questionário sobre a qualidade do hospital - notas Bom ou Muito Bom.
(Depois fiquei com uma dúvida: pareceu-me ver, a correr na enfermaria, por duas vezes, um vulto preto. Que imaginei um ratinho. Impossível, num hospital. Estas coisas das anestesias, mesmo locais, deixam-nos baralhados...)
Transporte de luxo até casa. E agora, "sopas e descanso" como recomendaram no Facebook.

Até à próxima. Que espero venha longe, ou nunca venha. Com esta já lá vão cinco cirurgias...

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