sábado, junho 30, 2007

Pombos...

Adoro pombos. Aves lindas, porte altivo, solitárias ou em bando, voando pelas colinas com o Palácio ao longe. Na Correnteza, lugar de excelência desta Vila, é um deslumbramento vê-los na calçada bem tratada. Grande parte do tempo alimentando-se com os petiscos que almas caridosas ali deixam. E como é lindo o namoro dos pombos. De fazer inveja aos pares de namorados que por ali passeiam. São amorosos os pombos quando as crianças, inocentes criaturas, tentam dar-lhes de comer. Empoleirados nos varandins, recortados na paisagem, com o Castelo por fundo, fazem imaginar o Paraíso. Adoro pombos, repito. Tanto que, não sendo columbófilo, considero todos aqueles animais os meus amores.





Detesto pombos. Criaturas arrogantes, convencidas de que são donas do Mundo. Vejo-os por todo o lado sem respeito pelo espaço alheio. Não lhes chegando todo o território que era suposto ser deles, ainda invadem telhados, beirais, muros e tudo o mais que lhes dê na gana. Então é ver toda a imunda calçada, bancos tão sujos que convidam o transeunte a fugir dalí. As viaturas, estacionadas perto deles, são constantemente bombardeadas com dejectos corrosivos, a pedir lavagem não diária mas de hora a hora. E coitados daqueles seres que colocam roupa nos seus estendais. Na espectativa de que os seus trapos saiam de lá lavadinhos e enxutos, muitas vezes não têm outro remédio de que recomeçar todo o processo de lavagem. As " prendas " deixadas pelos pombinhos não dão outra alternativa.
Detesto pombos, repito. Não compreendo que haja alguém que goste de pombos. Parece-me que aqueles que os adoram vivem bem longe deles. Um dia, se me deixarem, hei-de correr com todos, mesmo que a pena seja dois dias de canil.
Simão




Nota final, dois dias depois:

O Zé não adora pombos. Muito longe disso. Pelo menos aqueles pombos. Sente-se agredido por eles e dá razão a quase todos os argumentos do Simão. Mas, não podendo fazer mais nada, fica a pensar que eles se vão multiplicando até entrar em cena o terror de Os Pássaros do Mestre Hitchcock

O Simão não detesta pombos. E quando quer correr com eles, é apenas a reacção natural de um cão a querer brincar.

sexta-feira, junho 29, 2007

Fashion ?

SINTRA EM NEGATIVO
Sintra Fashion


29 de Junho. Dia de S. Pedro. Feriado Municipal. Em Sintra. Vila Património Mundial.
E a notícia é: Sintra Fashion no Palácio da Vila.
No Palácio Nacional de Sintra, Monumento Nacional ? E o pessoal tem orgulho nisso ?
Já agora, porque não " O Big Brother " no Palácio Nacional da Pena ?

terça-feira, junho 26, 2007

Recordação...



As minhas fotos em PALAVRA PUXA PALAVRA

...e o slide show talvez mude de formato consoante a vontade.

quarta-feira, junho 20, 2007

Livros

Luis Manuel de Heliasta convidou-me para nomear aqueles livros que se vão lendo.

Não querendo alongar, quero dizer que a minha relação com a leitura é complicada. Leio tudo. Ou quase. Jornais diáriamente, semanários, algumas revistas. E livros também. Menos do que desejaria. E como tenho a casa cheia de livros e muitos não os li ainda, começo a pensar que me faltam os anos para o conseguir fazer. Há os mais antigos - a maioria - e aqueles mais recentes que gostamos de comprar, tencionamos ler, mas vão ficando para mais tarde.

E agora aqui vão eles. Sete. Um número mágico.



" Estações Ferroviárias Portuguesas em postais ilustrados antigos " de Jorge Branco.

Uma delícia. Para ler, reler, copiar postais, imaginar fotos actuais de estações antigas, eu sei lá...Ainda não acabei mas está quase.




" Equador " e " O Segredo do Rio " de Miguel Sousa Tavares. O primeiro, grande em tamanho é um Grande livro. O segundo, um conto infantil, é encantador e acresce que já vi a peça em que entrava um dos meus rebentos.
Com estes livros gosto mesmo do MST. Aqui muito longe, e ainda bem, do fundamentalismo em defesa do FCP e dos fumadores.




"Primeiro as senhoras " de Mário Zambujal. Só lido. Contado é dificil de perceber o fino humor. A reler, sempre que o mau estar se instala.




" 3º livro de crónicas " (ou o primeiro, o segundo ) de António Lobo Antunes. Um mestre na escrita. Melhor nos contos do que nos romances. Psiquiatra, parece muitas vezes estar do "outro lado"




"Viagens contra a indiferença " de Fernando Nobre. Mais do que os livros, admiro a sua obra como voluntário. E a dádiva total em prole dos mais desfavorecidos. Um HOMEM.



"Saber emagrecer" de Isabel do Carmo. Preciso de o ler, reler, e tentar cumprir. Mas a Dra Isabel não tem culpa dos meus erros, preguiças e afins e por isso a balança reclama sempre que lá me coloco.




Escolher agora cinco amigos/amigas é o mais dificil. Não é que sejam muitos mas é a parte que mais me deixa encabulado. Mas aqui vão:

Dulce de Além de Mim.
M (Manuela ) de Palavra Puxa Palavra
Pedro Macieira de Rio das Maçãs
Leticia Gabian de Som & Tom
Elizabete de Bettips



E é tudo. E outra vez obrigado ao Luís Manuel.

domingo, junho 17, 2007

História - cont.

" Vamos, agora, para o lado contrário da Rua Dr. Alfredo da Costa.
...

O chalé imediato, muito antigo, pertenceu ao comandante Fernando Branco, oficial distinto da nossa Marinha de Guerra, que foi Ministro dos Negócios Estrangeiros e, interinamente, também da Marinha. Nos tempos da Primeira Grande Guerra ( 1914-1918 ), serviu na esquadrilha de submersíveis. Faleceu há muitos anos. O prédio está hoje na posse da filha, D. Fernanda, e do genro, ilustre médico, Dr. Arnaldo Sampaio, recentemente aposentado do alto cargo de Director-Geral da Saúde.
Na pequena garagem desta vivenda lembro-me de ter sido, há muitos anos, um talho que pertenceu a um homem de apelido «Peixinho», que ali o montou depois de ter encerrado outro que existiu mais adiante, do lado contrário, onde funciona hoje uma oficina de electricista e que pertenceu a José Goia. "

Obras de José Alfredo da Costa Azevedo - I , pág. 138

O Dr. Antonio Arnaldo de Carvalho Sampaio e sua esposa, D. Fernanda, já faleceram há muito. O referido chalé é hoje pertença do Dr. Jorge Sampaio, antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa e anterior Presidente da República. O talho já não existe há muito e sempre conheci aquele espaço como garagem. Por cima, conhecido como «bilhar», por ter sido sala desse jogo, existe actualmente um pequeno apartamento. Do mirante avista-se toda a zona das praias para além de uma panorâmica excelente do Castelo dos Mouros.

Chalé
Mirante
Garagem e «bilhar»

quarta-feira, junho 13, 2007

História

" Entremos, agora, na Rua Dr. Alfredo da Costa.Este ilustre médico tinha o nome completo de Manuel Vicente Alfredo da Costa. Nasceu em Salcete (Índia) e morreu em Lisboa a 2 de Abril de 1910. Foi lente da Escola Médica. A maternidade que, em Lisboa, tem o seu nome, foi um sonho que ele sempre acalentou mas que, infelizmente, não chegou a ver realizado, pois a sua inauguração só veio a verificar-se em 1932 "

" No rés-do-chão do prédio com os nºs 38 e 39, onde está instalado o «Restaurante dos Frangos», deu aulas durante muitos anos uma professora particular que se chamou Quitéria da Conceição, mais conhecida, não sei porquê, por «Pendôa»; muitos anos também já decorreram sobre a data da sua morte. Nesta casa passava o Verão o grande João de Deus, autor da «Cartilha Maternal», pela qual muitas e muitas gerações aprenderam com toda a facilidade as primeiras letras. Foi posta de parte há muitos anos, mas julgo, salvo outra opinião, que nunca se fez melhor. "

Obras de José Alfredo da Costa Azevedo - I, pag. 132, 133, 136 e 137


Na actualidade, no Restaurante " Casa dos Frangos ", foi possivel encontrar estas preciosidades ( e o povo, na sua sabedoria, tem sempre razão )






















terça-feira, junho 12, 2007

Palavras

"Palavras leva-as o vento..."
" As palavras que nunca te direi..."
" Palavras para quê? É um verdadeiro artista português "
Palavras. Palavras. De tanto as escrever já me soam de um modo estranho.
Alinhar palavras. Construir uma frase que vai conduzir a um texto.
Mas que palavras alinhar ? Palavras de raiva, raiva contida, amordaçada.
Palavras de serenidade, muito certinhas, educadas...mas falsas?
Palavras de amor,muito bonitinhas, redondinhas...mas sem sentido?
Não. Definitivamente hoje não há palavras.

sábado, junho 09, 2007

Fotos ao acaso - I

A caminho do Centro Histórico - Sintra

Teatro Municipal - Almada

Parque Eduardo VII - Lisboa
" Correnteza " - Sintra
Sintra

Estrada da Pena - Sintra Almoçageme - Sintra
Volta do Duche - Sintra
Atelier - Sintra
Queijadas - Sintra
Azenhas do Mar - Sintra (ou Cintra, 1928 )
Azenhas do Mar - Sintra