Ainda o Amor
Do livro " O Que é o Amor ? " retirei quatro textos, que aqui transcrevi.
Na altura, distraído como sempre, não acompanhei o desafio. Podería ter mandado algo ? Talvez. Mas se calhar não cabia na pequena folha que nos destinavam...
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Meu amor, guia-me, leva-me a Ver o Tejo, num velho cacilheiro. Já lhe sinto o cheiro, nesta mistura de mar e rio. É bom o vento que me acaricia a face, do mesmo modo que é bom sentir a tua mão na minha.
Guia-me, meu amor, até ao Jardim Botânico. Quero Ver tudo. Por teu intermédio. Quero cheirar as flores, as árvores, a terra húmida ( será que choveu ? ).
Guia-me até ao cinema. Quero Ver tudo. Aquele terno e brutal filme que vou sentindo, sobre uma pugilista, o seu mestre e o seu sonho. ( Vejo que choras, meu amor. Os meus olhos, baços, não deitam lágrimas mas também choram. Cá dentro ).
Guia-me até ao Parque da Cidade. Quero Ver tudo. Já oiço e sinto o chilrear dos pássaros. O latir dos cães que brincam com as crianças. As conversas dos reformados que vão jogando as cartas. A água que jorra daquela cascata.
...
Meu amor, deixa que eu te guie. Quero que sintas o meu corpo, como eu sinto o teu. Deixa que eu te guie, conduza teus olhos para me veres por dentro. Encaminha tua boca até à minha. Deixa que eu te guie, meu amor. Para que sintas toda a ternura que tenho por ti.
Deixa que guie os teus cabelos e com eles cubras meu rosto, meu peito. Deixa que guie a tua mão até que se funda com a minha e sejam só uma. Deixa-me guiar-te. Até completar o Amor.
Na altura, distraído como sempre, não acompanhei o desafio. Podería ter mandado algo ? Talvez. Mas se calhar não cabia na pequena folha que nos destinavam...
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Meu amor, guia-me, leva-me a Ver o Tejo, num velho cacilheiro. Já lhe sinto o cheiro, nesta mistura de mar e rio. É bom o vento que me acaricia a face, do mesmo modo que é bom sentir a tua mão na minha.
Guia-me, meu amor, até ao Jardim Botânico. Quero Ver tudo. Por teu intermédio. Quero cheirar as flores, as árvores, a terra húmida ( será que choveu ? ).
Guia-me até ao cinema. Quero Ver tudo. Aquele terno e brutal filme que vou sentindo, sobre uma pugilista, o seu mestre e o seu sonho. ( Vejo que choras, meu amor. Os meus olhos, baços, não deitam lágrimas mas também choram. Cá dentro ).
Guia-me até ao Parque da Cidade. Quero Ver tudo. Já oiço e sinto o chilrear dos pássaros. O latir dos cães que brincam com as crianças. As conversas dos reformados que vão jogando as cartas. A água que jorra daquela cascata.
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Meu amor, deixa que eu te guie. Quero que sintas o meu corpo, como eu sinto o teu. Deixa que eu te guie, conduza teus olhos para me veres por dentro. Encaminha tua boca até à minha. Deixa que eu te guie, meu amor. Para que sintas toda a ternura que tenho por ti.
Deixa que guie os teus cabelos e com eles cubras meu rosto, meu peito. Deixa que guie a tua mão até que se funda com a minha e sejam só uma. Deixa-me guiar-te. Até completar o Amor.
4 Comentários:
Viajante, perdeste o desafio e nós perdemos um lindo texto. E sim, tivemos que "enxugá-lo" um pouco para que coubesse lá mas valeu!
abraços e tens coragem de ir ao Pitanga?
Que lindo, diferente, lindo, lindo... Abç
Este comentário foi removido pelo autor.
Adorei ler-te aqui, agora. Beijos.
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