561 - Maio, Leonor, Poesia (Para Anabela)
MAIO MADURO MAIO
Maio maduro Maio, quem te pintou
Quem te quebrou o encanto, nunca te amou
Raiava o sol já no Sul, Ti ri tu ri tu ri tu ru Ti ri tu ru tu ru
E uma falua vinha lá de Istambul
Sempre depois da sesta chamando as flores
Era o dia da festa Maio de amores
Era o dia de cantar, Ti ri tu ri tu ri tu ru Ti ri tu ru tu ru
E uma falua andava ao longe a varar
Maio com meu amigo quem dera já
Sempre no mês do trigo se cantará
Qu'importa a fúria do mar, Ti ri tu ri tu ri tu ru Ti ri tu ru tu ru
Que a voz não te esmoreça vamos lutar
Numa rua comprida El-rei pastor
Vende o soro da vida que mata a dor
Anda ver, Maio nasceu, Ti ri tu ri tu ri tu ru Ti ri tu ru tu ru
Que a voz não te esmoreça a turba rompeu
José Afonso
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Cantiga
Descalça vai para a fonte
Leonor, pela verdura;
vai formosa e não segura.
Leva na cabeça o pote,
o testo nas mãos de prata,
cinta de fina escarlata,
sainho de chamalote;
traz a vasquinha de cote,
mais branca que a neve pura;
vai formosa e não segura.
Descobre a touca a garganta,
cabelos de ouro o trançado,
fita de cor de encarnado…
tão linda que o mundo espanta!
chove nela graça tanta
que dá graça à formosura;
vai formosa, e não segura.
Luís de Camões
Imagens da Internet
2 Comentários:
Belísimos, ambos os poemas!
Bom fim-de-semana:))
ola azé.
só agora te agradeço
fico semanas sem vir aos blogs e ao facebook
tenho tido imenso trabalho agora que estou a fechar o ano lectivo e principalmente o 4º ano.
para o ano começo novos afectos e esta turma ficará no coração.
obrigado pela belissima escolha dos poemas. adoro zeca afonso e de ter pertencido a uma geração que ainda o apanhou vivo.
e camoes claro. grande filosofo que ele era. grande sabio.
a "menina" da imagem nao sou eu mas olha que de costas ninguem diria. é muito parecida comigo.
um abraço da anabela
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