Nevoeiro
NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer-
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!
Mensagem - Fernando Pessoa - Assírio & Alvim
9 Comentários:
Espectaculo!!!
É muito bom rever Bragança, já não vou lá que anos! Quanto a hoje...é estranho que seja tão actual...um país repetido. Abç
O nevoeiro, parece que desapareceu dando lugar á chuva. Vai daí ... tirei uma foto á chuva.
bjo
Ana Paula
"Tudo é disperso. Nada é inteiro".
O nevoeiro acentua essa ideia.
Beijos
Mesmo o nevoeiro, passa.
Um beijo grande, Zé.
Mão há nevoeiro acolhedor como o de Sintra, apetece perdermo-nos nele...!
Até sempre
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó CHINA, hoje és nevoeiro...
Calamidades mundanas !!! a que é preciso pôr fim!
Um beijo
a música é lindissima ...fiquei a ouvir!
Bonita fotografia! Beijos.
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