549 - Teresa e António
Foto de "Olhares"
Este texto foi publicado em 29.06.2005 em " Travessa Larga ". Penso que neste momento, a quatro dias de um referendo que confunde mais do que esclarece, (uma coisa é a prática da IVG, outra a absurda condenação de mulheres - e os homens ? ) faz todo o sentido, pelo menos para mim, voltar a publicá-lo.
Conhecemos a Teresa e o António há muitos anos. Há muito que não contactamos, mas temos notícias deles. Numa altura em que tanto se fala da IVG, conto-vos a história deste casal.
Conhecemos a Teresa e o António há muitos anos. Há muito que não contactamos, mas temos notícias deles. Numa altura em que tanto se fala da IVG, conto-vos a história deste casal.
A Teresa teve onze fihos, todos rapazes. (Doze, rectificou hoje a Teresa...).Podia formar uma equipe de futebol mas não havia ninguém para o banco.
Um dos filhos do casal, o João ( não me recordo se terceiro ou quarto ) nasceu mongoloide. (há outro nome, que confesso, não me lembro). Nasceram mais e o último também nasceu como o João.
Acreditem ou não, a Felicidade imensa daquela família sempre unida, com todas as dificuldades que se calculam, era contagiante.
Um dia o João, não devido à sua doença mas por acidente, faleceu. Não houve revolta, apenas choro. Não houve dúvidas. Apenas a certeza de que tinham feito tudo certo. Que o Amor que
Um dos filhos do casal, o João ( não me recordo se terceiro ou quarto ) nasceu mongoloide. (há outro nome, que confesso, não me lembro). Nasceram mais e o último também nasceu como o João.
Acreditem ou não, a Felicidade imensa daquela família sempre unida, com todas as dificuldades que se calculam, era contagiante.
Um dia o João, não devido à sua doença mas por acidente, faleceu. Não houve revolta, apenas choro. Não houve dúvidas. Apenas a certeza de que tinham feito tudo certo. Que o Amor que
tinham dedicado aos filhos, o Amor que estes tinham dedicado aos irmãos, tinha valido a pena.
Há muito que não sabemos da Teresa e do António. Passaram mais quatro anos sobre a repetição do post. Com uma família de certeza muito maior, deixo aqui a Saudade e o Respeito a este casal maravilhoso.
(O António é o padrinho de minha filha. Que hoje trabalha, com Amor, com doentes de Trissonomia 21.)
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