Chuva
Um poema ? Não sou poeta. Um belo texto ? Não sou escritor.
...
Ontem tinha escrito mais umas linhas. Depois abandonei-as.
E hoje pergunto: que farei com este texto ?
Quando leio no jornal que:
Despedimentos colectivos disparam 71%.
Gestores públicos dos Açores recebem despesas em 14 meses em vez de 11 ( média de 4.251 euros mensais) e o salário médio, nos Açores, é de 600 euros.
Os abusos sexuais na Casa Pia continuam.
Um cozinheiro é despedido por ser portador de VIH.
Os acidentes nas estradas aumentam em flecha e os mortos também.
A guerra no Iraque ( e não só ) mata todos os dias gente inocente.
As crianças ( e os adultos também ) morrem de fome num mundo onde certa abundância é gritante.
não fico triste com a chuva nem com os seus incómodos.
Fico triste comigo porque não faço NADA para que as situações acima se alterem.
E além disso a chuva, abençoada, já devia ter chegado há mais tempo.
7 Comentários:
Sei do que falas meu amigo, é uma tristeza, mas enfim veio a chuva para nos compensar. Faz tanta falta à terra e às sementeiras!
bjos
Ana Paula
Tens razão, sim, mas não podes carregar com todos os males do mundo. Tenho a certeza que qq coisa tu já fazes para minorar certas injustiças.
Beijo grande
Não, não são entristecedores os incómodos causados pela chuva...aquela da qual nos defendemos com um simples chapéu, ou um pequeno abrigo que seja.
Porque há outra que magoa muito, e é sempre aos outros... agora no Bangladesh, possivelmente amanhã num e noutro local do mundo...
E como se não bastasse, as leituras mostram outros dilúvios sociais.
E no meio disto tudo, pouco vamos fazendo.
Creio que afirmar NADA é incorrecto.
Não ponho dúvidas que a vida já ofereceu ao Zé muitas oportunidades de fazer ALGUMA coisa, reservará ainda outras, e esperará sempre a mesma mão solidária.
Um abraço
Reconheço que o NADA é excessivo.
Mas é verdade que faço (fazemos) muito pouco para minorar estas situações.
Lembro Madre Teresa de Calcutá que respondeu a quem lhe perguntou se ela não devia descansar:
"Tenho toda a Eternidade para o fazer."
Tens toda a razão. Bem vinda a chuva. As injustiças circulam em cada vez maior número. Beijos.
Partilhar as suas preocupações com aqueles que o "visitam" é já fazer alguma coisa.
Gosto dos dias de chuva em Sintra que são, muitas vezes, também de nevoeiro. A primeira fotografia que publica é bonita e sugestiva desses ambientes.
ereis
ó ze, mas tu não podes fazer nada para modificar o mundo. esse é um ideal que nos fica da adolescencia quando pensamos alto. eu tambem sou assim e fico assim como tu mas habituei-me a pensar que a culpa é da conjuntura mas que eu não faço parte dela.
obrigado pela tua visita sempre tao assidua, ze. obriaga mesmo.
beijinhos
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